\RECORTE\ - JORNAL DE NOTÍCIAS - 10-03-2004 Câmara exige comissão para avaliar projecto da CRIL Amadora recusa Autarcas e moradores abrangidos pelo troço Buraca/Pontinha querem que técnicos independentes estudem as alterações que sugerem Raposo nega servir interesses imobiliários arquivo jn Milene Matos Silva A Câmara Municipal da Amadora (CMA), as juntas de freguesia de Alfornelos, Benfica, Buraca, Damaia e Venda Nova e a plataforma comum das Comissões de Moradores propõem a criação de uma comissão técnica independente para avaliar o projecto do último troço da CRIL, entre a Buraca e a Pontinha. A comissão seria composta por técnicos do Instituto das Estradas de Portugal, da COBA (empresa que elaborou o projecto de execução), das Câmaras da Amadora e Lisboa e de outros técnicos a indicar pelas comissões de moradores. Autarcas e moradores querem que seja tido em conta o parecer da Declaração de Impacte Ambiental e apontam três questões que exigem ver contempladas no projecto e analisadas pela comissão independente. As exigências são o prolongamento do túnel de Benfica atéao túnel da Venda Nova, com a requalificação das Portas de Benfica; a construção do troço final do IC16 em túnel e o desvio do traçado da CRIL para a zona que é hoje ocupada pela Escola Básica 2+3 de Alfornelos, que seria deslocada para um local mais adequado. Estas propostas, ontem apresentadas pelo presidente da CMA, Joaquim Raposo, numa conferência de imprensa que decorreu nas instalações da Junta de Freguesia da Venda Nova, seguem hoje para os ministérios do Ambiente e Obras Públicas. Até ao final do mês, cabeàs entidades envolvidas nomear os técnicos para que a comissão elabore um relatório no prazo de 15 dias. Caso estas propostas não sejam tidas em conta pelos ministérios, Joaquim Raposo admite recorrer a "todos os meios que estão previstos na lei, quer o nível nacional quer comunitário" para travar as intenções do Governo. A comissão de moradores da Damaia não esteve representada no encontro por discordar destas propostas. José Clemente, porta-voz, explicou que "os legítimos interesses dos moradores da Damaia não estão em consonância com a pretensão do presidente da Câmara da Amadora". "Não queremos o Nó da Damaia e vamos ver como será feito o túnel na zona do bairro de Santa Cruz (do lado de Lisboa)", disse. Levantada a questão dos alegados interesses urbanísticos na Falagueira, denunciada pelos moradores do Bairro de Santa Cruz de Benfica, o presidente da autarquia foi lacónico: "Não faço comentários, não têm fundamento as acusações". Algumas alterações já foram sugeridas pelo despacho do Ministério do Ambiente, mas ainda não são suficientes para agradar às populações, Juntas de Freguesia e Câmara. Segundo Joaquim Raposo, "o despacho do secretário de Estado do Ambiente dá para tudo epara nada", uma vez que sugere a reequacionamento do projecto do IEP em algumas zonas, ou seja não é conclusivo. |
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10 março 2004
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