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18 julho 2004



INTERNET - PORTUGAL DIÁRIO
 
CRIL: obras começam «sem traçado final» 13-07-2004 23:47
 
Denúncia foi feita esta quarta-feira pelos moradores afectados pela construção do último troço da circular
 
Os moradores afectados pela polémica construção do último troço da Circular Regional Interna de Lisboa (CRIL) acusam o Governo de ter começado as obras entre a Buraca e Pontinha sem sequer anunciar o traçado final para aquela zona.

As comissões cívicas de Alfornelos, Damaia, Pedralvas e Bairro de Santa Cruz de Benfica deslocaram-se hoje ao local onde deverá passar o último troço da CRIL em Alfornelos, identificando várias estacas, que dizem ser "indicadoras do eixo da via", bem como "obras de aterro e desaterro e de desmantelamento de uma bomba de gasolina, que será deslocalizada para um pouco mais à frente".

"Viemos aqui desmascarar e desmistificar esta situação. Não podemos aceitar que o Governo e o Instituto de Estradas de Portugal digam que andam a negociar connosco porque não é verdade, uma vez que a obra já está a decorrer", disse Paulo Ferreira da Comissão de Alfornelos durante a visita.

Os moradores consideram ainda um "mero formalismo" a Declaração de Impacte Ambiental, emitida em Fevereiro pelo então secretário de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins, e que "visava uma solução de menor impacte para as populações afectadas", já que os seus interesses, dizem, "não estão a ser considerados".
"Tudo está a ser feito nos moldes em que o Instituto de Estradas de Portugal (IEP) quer, pelo que a declaração não está a ser respeitada", afirmou Paulo Ferreira.

Além disso, criticaram ainda o facto de não ter sido possível chegar a qualquer consenso com a comissão de acompanhamento, composta por técnicos do IEP e da empresa que elaborou o projecto de execução do último lanço da CRIL, criada na mesma altura para avaliar o projecto.

Os moradores repudiam o facto de o secretário de Estado das Obras Públicas ter afirmado numa conferência de imprensa em finais de Junho que "o projecto de fecho da CRIL, entre a Buraca e a Pontinha, está em fase de conclusão e custará 50 milhões de euros".

"Como pode uma equipa técnica estar a trabalhar no sentido de se reposicionar o projecto tal como o pretendido na Declaração de Impacte Ambiental e paralelamente vir o próprio Governo assumir publicamente que o projecto se encontra quase concluído, assumindo também valores de uma obra cujo traçado não está sequer definido?", questionou Paulo Ferreira.

Além da realização de aterros e desaterros de parte da encosta, da deslocalização da bomba de gasolina e da colocação de estacas no terreno, os moradores queixam-se ainda da instalação de um estaleiro construído há vários meses em Alfornelos.
 
Estranham "a falta de resposta cabal" pela Câmara da Amadora aos diversos pedidos de esclarecimento sobre os trabalhos em curso, assim como a inexistência de identificação dessas obras. "Não compreendemos que a Câmara se remeta ao silêncio, apesar da legislação obrigar a um prazo máximo de resposta de 10 dias.
Efectivamente encontram-se ainda sem reposta os ofícios datados de 23 de Abril, 11 de Junho e 1 de Julho", disse Paulo Ferreira.

Entretanto, acrescentam os residentes, "nos bairros de Santa Cruz de Benfica, na Damaia e na Pontinha foram sendo recebidas após meados do mês de Maio várias cartas da empresa «Sofirisco - Gestão de Sinistros», em que se dizem mandatados pelo IEP no sentido de se efectuarem vistorias às respectivas residências".

"A solução do IEP prevê a criação de vala tipo trincheira com encobrimento, a construção do Nó da Damaia e de um viaduto sobre as Portas de Benfica que vão ter um grande impacte na zona. Além disso, as populações vão ficar emparedadas pela Radial de Benfica, Radial da Pontinha (IC-16) e a CRIL. Segundo as estimativas deles em 2025 a circulação de trânsito poderá ascender a 300.000 veículos por dia", concluiu Paulo Ferreira.
 
A proposta dos moradores visa a passagem do percurso do IC-17/CRIL pelos actuais terrenos da Quinta da Falagueira", para onde dizem existir "um estudo para a construção de uma urbanização de 180 hectares".
 
 

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